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Debris tem uma premissa interessante: Survival com pitadas de exploração e muito suspense, inovando ao utilizar um cenário tão pouco explorado nos games como palco de seu enredo. Desenvolvido pela Moonray Studios, Debris está disponível para PC, e chegou para a Savepoint nesta semana, para darmos aquela conferida.

 

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A história se passa no Ártico, onde um grupo de funcionários contratados por uma poderosa empresa de energia chamada ALTA e uma videógrafa especializada em incursões subaquáticas chamada Ryan, viajam para registrar informações em vídeo de um meteorito que caíra no oceano, a fim de gravar um comercial revelando ao mundo da mais nova descoberta da ALTA energy company.

Como toda grande corporação, nem tudo é dito a nossos heróis antes de começarem os registros, e antes de começarem a suspeitar de alguma coisa, são vítimas de uma grande explosão na área do meteorito, e são separados no fundo do imenso complexo de cavernas e escuridão do fundo do oceano.

 

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O Gameplay

O jogo se passa em primeira pessoa, buscando manter ao máximo a imersão do jogador no mundo sombrio que é o fundo do mar, mantendo controles simples de locomoção e ações para Ryan. Mas como diabos alguém conseguiria escapar ou sobreviver no mais profundo canto do oceano? Bem, Ryan é equipada com um tecnológico traje de sobrevivência feito para aguentar as situações mais extremas.

Porém precisa ser carregado constantemente, e como não existem tomadas ou cápsulas de recarga no fundo do oceano, Debris inseriu um “simpático” drone chamado de “The Squid”, que além de guiar Ryan mar adentro pelos perigos que vão aparecendo durante o jogo, também converte os detritos (debris) do meteorito em energia, fazendo assim com que o traje de Ryan consiga permanecer ativo em meio à inexistência de recursos comuns.

 

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Cada túnel e área submersa que Ryan percorre tem suas peculiaridades. Sons próprios, além de alguns inimigos que podemos matar utilizando sua ferramenta. Digo alguns inimigos, por que o jogo carece justamente de variedade de inimigos, que durante suas poucas horas de gameplay não inovam, e tornam o sistema de combate do jogo cansativo e pouco entusiasmante.

A sensação de claustrofobia que o jogo tenta te passar é ofuscada pelas texturas pobres do cenário, e o excesso de corredores escuros que o jogo sempre coloca a sua frente. A medida que o jogo é jogado, fica claro o capricho na criação de estruturas e inimigos, mas não foi dada muita atenção ao cenário, que é basicamente sempre o mesmo, visualmente. Mas ok, afinal, o jogo se passa no fundo do mar, e de fato não tem muito o que inovar quanto a isso.

 

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Aliás, Debris oferece ao jogador essencialmente isso: corredores escuros, alguns inimigos para matar, e uma variação entre recolher fragmentos do meteorito, ler diálogos entre os protagonistas, e ouvir sons que tentam induzir sensações de medo e pânico no jogador. Além disso, o jogo dispõe de 3 finais diferentes, que são desbloqueados dependendo de como você avança na história.

Recentemente, Debris também ganhou um modo cooperativo multiplayer, onde outro jogador pode explorar o mundo subaquático ao seu lado, ao invés de depender da IA do nosso companheiro Squid.

O Áudio

Temos que dar o braço a torcer quando ao som num geral de Debris, pois, ao mesmo tempo que se nota algumas carências em relação ao visual, os sons do jogo são fantásticos. Aconselho fortemente aos leitores, caso joguem o jogo, o façam com fones de ouvido, pois a experiência sonora do jogo é muito boa.

Os diálogos também são bem tratados, e os dubladores conseguem passar a emoção que o jogo lhe propõe passar, e conseguem fazer o jogador se sentir realmente dentro do jogo, sem precisar utilizar alguma tecnologia avançada, como o VR.

 

[Spoilers abaixo]

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Entretanto, ficam claras as falhas de sincronização dos diálogos com as legendas, que às vezes passam muito devagar, e as vezes passam à frente dos diálogos, te dando um rápido spoiler do que está por vir através delas, as vezes 5 segundos antes do áudio acontecer.

Veredito

As falhas técnicas do jogo pesam um pouco durante o gameplay; o que é uma pena, pois Debris tem um enredo muito interessante, e constantemente te faz querer continuar jogando para saber como a história irá terminar.

O jogo possui toneladas de ideias boas que muitas vezes são mal executadas, mas que de um modo geral, não irão fazer você desistir do jogo no meio do caminho, porque como já foi dito, o enredo é digno de um sci-fi a lá “O segredo do abismo”, que para quem é um pouco old school como eu, vai enxergar algumas referências.

 

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Disponível desde outubro de 2017, Debris oferece uma experiência decente, e atrai todos os amantes de Survival horror ou Sci-fi, que querem testar sua resistência aos medos que os ambientes claustrofóbicos que podem ser oferecidos. Esperamos agora que esse jogo seja relançado com suporte ao VR, que com certeza atrairá um público ainda maior do que o que ele tem hoje.

Narrativa= 9

Mecânica = 5

Audiovisual = 8

Geral: 7