Imagine o seguinte: você está em batalha contra o Lorde Demônio, causador de todo o mal que assola o mundo, mas aí você percebe que não se lembra de nada. Nem o nome dos seus companheiros e nem como chegou até ali. Essa é a premissa do The Longest 5 Minutes, da NIS America.
Você controla um herói chamado Flash, e de repente percebe que todas suas lembranças sumiram, bem no meio da batalha final que vai decidir o futuro do mundo. Conforme você vai avançando no jogo, você vai lembrando os nomes dos seus companheiros, suas técnicas secretas e os detalhes da sua jornada, até chegar no momento da batalha final.
O jogo foi desenvolvido pela Syupro-DX em conjunto com a Nippon Ichi Software, e foi localizado para a língua inglesa e publicado pela NIS America. E apesar de ser um Indie RPG, os gráficos não são iguais àqueles pixel-arts que quase todos os jogos indies hoje em dia parecem utilizar. Ponto positivo.
E é impossível não se lembrar de Pokémon, e outros RPGs do Gameboy Color / Advance ao ver os gráfico do jogo. Os efeitos de ataques, magias e habilidades especiais são bem simples, casando bem com a proposta do jogo.
No início da jornada o mundo todo está coberto por uma neblina estranha; e além disso, diversos demônios estão rodeando todos os vilarejos e cidades conhecidas. Por isso o herói Flash decide sair do seu vilarejo de nascença e iniciar a jornada em busca de uma resposta para a aparição dos demônios e da neblina.
No gameplay, temos as clássicas opções para realizar ataques físicos, defender, utilizar magias e habilidades especiais, usar itens e fugir da batalha. Temos também a opção Auto, onde podemos escolher perfis pré-definidos para que os personagens façam a batalha por conta própria. Mas sinceramente, em raras ocasiões você vai utilizar outras opções além de Ataque, pois até os personagens com atributos focados em Magias conseguem se virar bem utilizando ataques físicos. Taí uma coisa que faltou um melhor balanceamento.
As batalhas são geradas em encontros aleatórios, e os inimigos não estão visíveis no mapa, portanto você não tem a possibilidade de evitar os confrontos desviando dos inimigos, mas no menu de batalha tem a opção de fugir, caso você queira um pouco de sossego.
Um detalhe interessante é que cada lembrança, ou capitulo, é marcado com o level que você estava no momento daquelas memórias. E em cada um deles existem condições especiais que garantem bônus de experiência caso elas sejam alcançadas, como uma espécie de missão extra dentro de cada capitulo. E nas batalhas, você recebe pontos de re-experiência, já que as lutas estão sendo travadas nas lembranças do herói, e portanto elas já aconteceram.
Os diálogos são bem escritos, mas nada fora do comum, e tem diversas piadas espalhadas pelo jogo inteiro.
As músicas são excelentes. Não há nenhuma realmente memorável, mas todas são muito boas e combinam perfeitamente com cada momento do jogo. Os efeitos sonoros também cumprem bem o seu papel.
O jogo é bem leve no PC, e não necessita de uma configuração parruda para rodar bem. Mas isso era de se esperar por causa do estilo gráfico do jogo.
REQUISITOS MÍNIMOS:
Sistema Operacional: Windows 10 / 8.1 / 7
Processador: Core i3-2100 3.10 GHz
Memória: 2 GB de RAM
Placa de vídeo: Radeon HD 5450
DirectX: Versão 10
Armazenamento: 1 GB de espaço disponível
Placa de som: Onboard
The Longest 5 Minutes é um bom RPG, com gráficos simples de propósito e uma história interessante, e serve muito bem para passar o tempo enquanto não sai aquele esperado Blockbuster.
No Steam, o jogo está custando R$ 75,49 e vale o preço se você for fã de JRPG, mas na PSN BR o jogo está sendo vendido por R$ 143,50, e por esse preço há opções melhores no mercado. Vale mais a pena esperar uma promoção para curtir esse game.
Narrativa: 7,5
Audiovisual: 7,0
Mecânica: 8
PS: A versão do PC foi utilizada para análise.