Riftstar Raiders é um shooter – ou SHMUP como gostam de chamar os fãs do estilo – que te proporciona visuais belíssimos, um arranjo sonoro muito bom com controles um pouco imprecisos e dificuldade mal implementada.
Me lembrou muito um outro game que já avaliei por aqui: Rise & Shine. Obviamente que são games bem diferentes, porém eles compartilham de uma mesma característica: são games de tiro que fazem o uso dos dois analógicos para controlar movimento e mira. Em Riftstar Raiders você usará o analógico esquerdo para mover sua nave e o direito para controlar a mira, ou quase.
Na verdade o que o controle de mira faz é apenas desacelerar sua nave e com isso tentar dar uma sensação de maior controle sobre ela e a trajetória dos projéteis. Mas não funciona. O controle da nave, como é de se esperar faz uso de efeitos de física para simular inércia, apesar de uma maior sensação de realismo, a movimentação é bem imprecisa. E estamos falando de um SHMUP, não há lugar para imprecisão neste gênero.
Aí você tem um game com controles não muito amigáveis e uma curva de aprendizagem que é quase uma reta ascendente e as coisas podem ficar bem complicadas. O tutorial já não é muito simples, algumas etapas podem te induzir ao erro como aquela maldita sala cheia de minas e depois já na primeira fase você dá de cara com vários objetivos que consistem em destruir determinados alvos e hackear alguns outros em meio a uma avalanche de inimigos. Até que facilita um pouco em multiplayer co-op mas em campanha solo chega a ser frustrante.
Confesso que minha primeira impressão do game não foi das melhores, mas depois tentei novamente, e depois mais uma vez. Me aventurei pelo sistema de customização, onde podemos modificar e aprimorar nossas armas, propulsão e escudos utilizando itens e fundos obtidos nas missões, bastante completo e envolvente. Passei a usar um pouco mais de cautela nas fases, principalmente na aproximação aos inimigos, comecei a explorar melhor os cenários, encontrando passagens secretas que levavam a mais loots. É aí que o game começa a mostrar uma maior capacidade de entreter e desafiar o jogador, resta saber quantos terão a paciência de chegar até ali.
O que é bom logo de cara e certamente ganhará elogios de muitos que o jogarem é a parte gráfica, cenários belíssimos com riqueza de cores e detalhes. Muitos efeitos que combinados a uma excelente parte sonoro tornam a experiência de jogo muito rica e prazerosa. É, sem sombra de dúvidas, o ponto alto do jogo.
É um game que requer uma certa perseverança para dominar suas mecânicas mas que tem grandes chances de recompensar aqueles que o fizerem.
Nota final 7,0
Jogado e avaliado no Xbox One