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Muitos jogos têm sido produzidos com a perspectiva em primeira pessoa para o VR, afinal, nesta perspectiva a experiência de imersão é incrível, porém tem sido cada vez mais comum a exploração do VR de outras formas, inclusive com a perspectiva em terceira pessoa e algumas experiências de sucesso têm estimulado cada vez mais os desenvolvedores a levar o VR para outras praias.

É o caso de Preta:Vendetta Rising, desenvolvido pelo estúdio coreano Illion Interactive e distribuído pela YJM Games, inspirado em jogos similares no gênero que pela popularidade do jogo da Blizzard, passou a ser conhecido como Diablo-Like, com um atrativo singular para o VR que é a duração do jogo, que segundo os desenvolvedores, tem duração de aproximadamente 50 horas, estando no patamar de poucos e valiosos jogos tal como ocorre com Skyrim VR. Afinal de contas é sabido que as experiências em VR oscilam, em média, de uma até 10 horas de duração, dificilmente indo além desse tempo.

O problema é quando o jogo não se sustenta e tem uma longa duração, sendo muito repetitivo, fazendo com que o jogador não se sinta sempre motivado a avançar na campanha. E é aqui, justamente na sua duração, que o jogo peca, pois passa a sensação de ser arrastado e é pouco motivador para o jogador.

O nome do jogo já merece uma explicação, pois não é tem nada de português como leva a entender, “preta”, segundo os desenvolvedores, é uma palavra em sânscrito, idioma antigo falado na Índia e que refere-se a criaturas sobrenaturais que em razão de grande sofrimento antes da morte, passaram a ser devoradores de carne. Três heróis podem ser escolhidas para exterminar esses monstros que ameaçam o mundo mágico de Akirion, não tendo a história do jogo grande complexidade, mas despertando a atenção do jogador para o contexto, merecendo pelo enredo a nota 7,0.

Quanto aos controles, o jogo utiliza o dualshock 4 e segue a linha do hack´n slash, na medida que você vai eliminando os Preta, você vai preenchendo uma barra de rage, que quando completa, permite que o jogador libere a sua “ira”, um super poder, deixando o personagem mais forte por um período. O jogo permite que o jogador possa alternar a câmera do jogo, oferecendo inclusive a câmera em primeira pessoa, colocando a disposição do jogador uma boa variedade de inimigos, merecendo quando ao gameplay uma nota 7,0.

Alguns fatores merecem ser apontados no jogo, que exige do jogador uma repetição injustificada das quests, para que consiga material para criar os equipamentos necessários a progredir, essa repetição é o ponto onde o jogo perde seu encanto, uma vez que força o jogador a repetição, sem oferecer nenhum estímulo pra isso, o que prejudica muito a experiência.

Os cenários são bem construídos, apesar de se tornarem repetitivos, os sons e a dublagem dos personagens funcionam bem, , sendo apresentado ao jogador um jogo competente, tanto no aspecto visual, quando no aspecto sonoro, merecendo pelo quesito técnico a nota 7,5.

No final, fica a impressão que o jogo oferece uma boa jogabilidade, numa experiência de destaque no universo VR, com uma jogabilidade e estilo de jogo pouco explorado para a realidade virtual, oferecendo uma alternativa bem interessante, pecando na questão da repetição das tarefas dentro do jogo, conhecido como “farming”, com um valor interessante, seria um jogo que recomendaria para os fãs do hack´n Slash, especialmente pelo fato desse tipo de experiência ser bem limitada, com poucas opções no VR.

Nota final: 7,2