Inspirado em ZX Spectrum e obras de H. P. Lovecraft, em Deep Ones o jogo gira em torno de um protagonista sem nome que aparentemente perde seu submarino. Agora, cabe ao mergulhador atravessar as profundezas escuras e perigosas do oceano na esperança de recuperá-lo. Apesar da história interessante, o jogo mal se foca nela. A jornada final é prejudicada por más escolhas de design, jogabilidade e controles que vão te atrapalhar um pouco.
HISTÓRIA
O game começa com você dando um grande mergulho já nas profundezas do oceano, e ali você já se acostuma com os controles, mas não é nada difícil; pular e atirar, algo bem simples no cenário de games 2D. Porém aí já vemos a primeira falha: ele não te deixa pular e atirar ao mesmo tempo. Caso você execute essa ação, ao cair no chão você dispara duas vezes seguidas.
O ambiente é quase sempre escuro, iluminado apenas por você, e alguns habitantes de cores vivas e objetos do ambiente para ajudar a guiá-lo em seu caminho. Sua lanterna não brilha muito bem, iluminando talvez três passos do seu caminho. E isto atrapalha muito às vezes, fazendo você morrer simplesmente porque eu não conseguia ver onde deveria cair. Isso leva a muito mais tentativa e erro. Ele quebra qualquer diversão que o jogo tenta retransmitir, joga direto por água a abaixo. O Jogo nem sempre fica linear; é necessário algumas vezes explorar o mapa para concluir o nível.
GAMEPLAY
A jogabilidade lenta se dá por estar embaixo de água, porém em alguns momentos que é necessário fugir de inimigos ou correr antes que algo desmorone, o salto fica complicado. Um fator que atrapalha também é o delay que o jogo tem com a resposta do controle. Às vezes chega a ser quase de 1 segundo, e te faz morrer várias vezes por erros bobos.
Sua arma dispara laser extremamente lentos, que não são satisfatórios. A arma e espada que você pega conforme avança no jogo, são alguns pixel que às vezes se mostram inúteis. Ao invés de ser capaz de se envolver em duelos de luta de espada, você é forçado a correr de um lado para o outro, senão é praticamente impossível não ser atingido. É esse tipo de jogabilidade clássica que é dificultada e desnecessariamente difícil pelos controles, e não pelo desafio.
GRÁFICO
Deep Ones é inspirado pelo ZX Spectrum, mas isso não deve impedi-lo de tentar passar por melhorias. Em vez disso, tudo é desestimulante e cansativo aos olhos. Se os visuais não forem suficientes para atrapalhar a diversão que você terá, a trilha sonora não e ruim, porém parece não combinar com o jogo. Uma mistura de música eletrônica com 16bits. Não podemos negar também que às vezes parece algo bonito na tela, e bem colorido, mas em um geral ele deixa a desejar e poderia ser melhor.
CONCLUSÃO
Deep Ones não te prende muito, um pouco desafiador, mas pelos problemas de gameplay. Este é um jogo que testará sua paciência muito mais do que sua habilidade. Trilha sonora não te fará lembrar dela por anos, mas pode agradar a quem gosta do estilo, diferente da arte visual.
Narrativa: 4
Áudio Visual: 5
Gameplay: 3
