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E se Zelda: A Link to the Past fosse rogue-like?

É essa nova mecânica que The Swords of Ditto traz para a mesa. Você é A Espada, o escolhido (ou escolhida) que nasce a cada 100 anos para empunhar a espada de Ditto e enfrentar Mormo, a sacerdotisa do mal que escraviza a terra caso você não tenha sucesso.

E geralmente você não tem sucesso várias vezes. The Swords of Ditto oferece a variedade e a punição do rogue-like: cada geração d’A Espada conta com uma estrutura diferente para o mapa do mundo e Dungeons, e sua morte significa perder todos os consumíveis que você possui. Conforme você joga, libera novos personagens para serem A Espada, cada um com atributos particulares.

O segundo elemento da história vem depois das primeiras horas de grind (o level se mantém entre gerações, felizmente): uma deusa se compadece do seu sofrimento repetido e se oferece para te vender mais uma vida (em troca de uma moeda especial dela). A partir daí, tudo que você quiser levar consigo depois da morte custa esse novo dinheiro (exceto pelos artefatos mágicos que você pega nas dungeons). Mecanicamente, o jogo é bem simples.

É no audiovisual que The Swords of Ditto chama atenção. O jogo inteiro parece ter sido desenhado à mão. A sensação de estar jogando um desenho que se move a seu comando é inexplicável. A música é agradável e condiz com os ambientes. O jogo ser gerado proceduralmente, como sempre, pode desnivelar bastante a experiência in-game. As dungeons têm média de level 5 nos inimigos. Como você começa o jogo obviamente no level 1 e encontra a primeira dungeon bem cedo, leva uma certa quantidade de grind para se adequar. Sempre existe a opção de jogar com o level abaixo dos seus inimigos, e de fato é possível jogar assim. Só é estranho que a primeira dungeon exija tanto de você. Outro demérito do aspecto roguelike é que os mapas (fora da dungeon) se espalham como querem. Você passa por uma área level 5 para uma área level 3, e uma level 4 em sequência.

A narrativa do jogo não traz qualquer tipo de inovação. Existe algum nível de brincadeira com a quarta parede, mas é difícil de atribuir carisma a personagens que mudam a cada morte.

Vale a Compra?

Sim! Apesar dos problemas com a mecânica roguelike, The Swords of Ditto é uma ótima experiência