Esqueça Loucademia de Polícia e Corra que a polícia vem ai: o papo aqui é sério e denso, ao melhor estilo Quentin Tarantino ou Irmãos Coen. Em This is the Police 2 você é um xerife foragido (This is the Police) que acaba trabalhando como ajudante de uma Xerife novata em uma cidade pequena.
Você é o xerife da cidade, e claro, ela não é nem um pouco parecida com aqueles filmes romantizados de “Eu sou a lei” ou “Servir e proteger”. O game leva você para longe daquele papo de certo ou errado, bonzinho ou mal. O game te dá um tapa na cara logo no começo, com uma anotação falando que os policiais também são humanos falhos e com defeitos.
Gerir um departamento de polícia é como gerir qualquer negócio: tem de saber mexer as peças com cuidado e compreender o ambiente; existem policiais que faltam ao serviço por alcoolismo, casos de sexismo e preconceito entre os funcionários, alguns oficiais usam esses motivos para não atuar com devidos parceiros, sendo necessário jogo de cintura e boa memória para não deixar a cidade desprotegida; enfim, sua função é organizar esse caldeirão de discórdia, muitas vezes escolher os parceiros certos para as operações é a melhor forma de salvar o dia.
Sua equipe é um desafio, mas as loucuras que a cidade proporciona são maiores, muitas ocorrências eu imaginei que seriam tranquilas, no final rolou porrada, tiro e bomba. E outras que mandei uma equipe preparada para o caos, bastou um negociador experiente e acalmaram-se os ânimos.
Além de gerir a cidade, o seu protagonista é um ex-policial foragido trabalhando no meio de policiais, se acha que isso daria uma ótima história? E deu.
Toda a narrativa é contada através de cenas em quadrinhos com uma pegada minimalista, mas, com diálogos e efeitos sonoros bem legais, não ficando atrás de nenhuma HQ da Vertigo.
GAMEPLAY
O grande diferencial do primeiro game é que agora missões grandes que exigem operações táticas devem ser jogadas em modelo tactics turns, um esquema que deu uma pegada bem legal ao game, para não ficarmos somente lendo textos e opções. O modelo tactics turn encaixou muito bem com a temática.
Porém, as batalhas são complexas e com uma dificuldade razoável para alta, estressando os mais incautos no gênero. A câmera no modo tactics também fica a desejar um pouco, incomodando e dificultando algumas partes, um fator que pode frustrar um pouco, mas não faz você abandonar o título.
SOM
A trilha sonora do game é boa, calma quando necessário, imersiva quando necessário, bem equilibrada e não rouba o foco do game que é o raciocínio. Os efeitos de disparo, movimentação e interação com o cenário estão bem polidos e funcionais.
VEREDITO
A história é F*&@: você não consegue largar o game até finalizar, mesmo com seus fatores negativos, se você curtir uma boa história policial e gerenciamento com estratégia o game é compra garantida.
A produtora Weappy acertou em continuar sua franquia This is the Police, arriscou em ampliar o gameplay para o tactics turn, uma aposta arriscada, não foi um critical hit, mas chegou bem perto, queremos o terceiro título, pois se a empresa continuar nessa curva de melhoria o próximo será uma obra-prima.
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Diversão: 9
Áudio visual: 10
Gameplay: 8