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A primeira vez que Anthem apareceu ao grande público teve um impacto sem precedentes durante a E3, chamando muito a atenção dos presentes e de quem assistia a feira via streaming. Com um visual soberbo e com a grife BioWare lhe dando suporte, não havia outra palavra pra descrever, senão “fantástico”. Anthem chegaria ao mercado para competir com jogos como Destiny 2 e The Division 2,batendo de frente com franquias já consolidadas que estavam com seu segundo jogo no mercado, então a disputa seria acirrada. Porém, apesar das qualidades que o jogo apresentou, especialmente em relação ao gameplay, gráficos e sons; a história e o end-game se mostraram pouco inspirados e em se tratando de Bioware, ter uma história pouco interessante é uma grande frustração.

Anthem1O mundo é realmente deslumbrante, visualmente beira a perfeição no aspecto gráfico e artístico, foi realmente digno de todo o elogio assim como o aspecto sonoro do jogo, porém, por se tratar de um jogo em mundo aberto, o jogador se depara com muitas telas de loading e isso quebra a imersão da experiência, mais ainda, o tempo dos loadings realmente faz o jogador não embarcar naquele mundo de forma apropriada. Muitas vezes deixei o controle de lado enquanto o jogo carregava.

Como a experiência depende de outros jogadores, salvo no modo de exploração livre, onde você entra no mapa e se depara com outros jogadores a medida que você explora. Nos outros modos, você irá para o mapa, realizará a missão e retornará ao hub, não há como realizar duas missões seguidas com o mesmo grupo, o que é uma grande falha, pois assim que a missão termina, entra uma contagem regressiva que leva o jogador a uma tela onde pode verificar os itens e a experiência ganhos e após isso, de volta ou a Forja, local onde posso equipar meu personagem, ou ao forte, local onde encontrarei outros jogadores, sempre pra cada um desses locais, precedido por um loading.

Assim, as quests são muito direcionadas ao ponto onde elas devem ser realizadas, dando muito pouco espaço para exploração do mundo com os membros da party e após a conclusão dos objetivos, a equipe é desfeita e você é jogado no forte (hub) onde poderá novamente entrar no matchmaking para partir numa nova missão. Mesmo que eu tenha mais de uma quest, com aquele grupo, só poderei fazer uma por vez e após realiza-la, terei que voltar ao forte para selecionar uma nova missão e me submeter a um novo matchmaking

Assim, podemos entender o problema do loading no jogo, para o jogo iniciar no Forte (Hub) temos o primeiro loading e aqui um detalhe importante, o forte é um hub onde o jogador está só, dentro do forte temos a opção de ir para um hub coletivo, mas aí pra acessar essa área já será um outro loading. Vou selecionar a missão e já temos mais um loading pra isso, vou para o início da partida e temos mais um loading pra isso, que é o do matchmaking, no mapa, para acessar determinadas áreas vou ter que passar por um novo loading para entrar, como numa caverna, por exemplo e um loading pra sair desse local. Quando a missão termina, sou levado para uma tela de recompensas, mas antes de chegar nela temos mais um loading, onde verifico a experiência adquirida, as armas e itens ganhos na missão e ali, posso escolher ir para Forja, que é o local onde irei selecionar os itens e armas que quero equipar, ou posso ir para o Hub individual Forte) ou para o Hub coletivo que é uma área do Forte, mas não importa onde eu for: antes de chegar lá terei que enfrentar uma tela de loading.

A história de Anthem, sem spoilers, evidentemente, diz respeito ao Hino da Criação , que dá nome ao game), uma energia dos deuses, capaz de produzir ou destruir tudo ao seu redor, sendo que o destino de quem se aproxima é ser consumido por esta força dos deuses. Na história aconteceu o Cataclisma, assim conhecido o evento em que o Hino se manifestou e destruiu tudo que havia próximo a ele, causando grandes explosões e liberando monstros pelo mundo e por causa desses eventos a sociedade se recolheu em fortes. No nosso caso, o local escolhido é o Forte Tarsis, em homenagem à mulher que deu sua vida pela raça humana.

Na história temos quatro classes de pessoas: os Freelancers, guerreiros que usam armaduras (chamadas de Lanças – Javelins) para combater inimigos que tentem se aproximar do Forte. São assim conhecidos por conta de seus fracassos em outras épocas culminaram na queda de popularidade, passando os mesmos a receber pequenos contratos em troca de dinheiro e equipamento. Existem os Arcanistas, estudiosos do Hino, fornecendo melhorias aos equipamentos dos Freelancers e temos também os Criptos, pessoas de sensibilidade aguçada que podem ajudar os Freelancers durante as expedições. São eles que guiam todas as missões do game. Ainda restam os Agentes, pessoas com demandas específicas e itens especiais que, por vezes, contratam os serviços dos Freelancers. Temos também os Sentinelas, que funcionam como uma polícia do forte.

O que o jogador encontra além disso, são eventos pouco interessantes e muitas pontas soltas no enredo, fazendo o jogo merecer por sua história uma nota 6.0

Quanto ao aspecto técnico, Anthem mereceria uma nota elevada, caso não houvessem os problemas com o loading que causam uma enorme frustração e quebram a imersão que o mundo ofereceria, merecendo pelos gráficos nota 7,5.

Quando ao gameplay, aí o jogo se destaca e funciona de maneira muito prazerosa, respondendo bem aos comandos e com um controle preciso, especialmente na questão vertical do jogo, pois somos capazes de voar por um determinado período com nossas armaduras, criando um novo aspecto a jogabilidade, merecendo nota 8,0.

Anthem chegou com muitos bugs, problemas de loading e instabilidade nos servidores, mas, aos poucos, muitos desses vem sendo resolvidos, contudo, alguns problemas são estruturais e não sei até que ponto a Bioware será capaz de arrumar. O esforço está sendo feito e muito conteúdo para o jogo está sendo preparado, junto com a correção de muitos problemas, inclusive dos excessivos loadings.

Assim, apesar do começo duvidoso, do “sucesso” comedido, Anthem ainda não é um caso perdido e há esperança que possa se transformar num bom jogo, no final das contas, resta aos interessados estarem de olho.

Nota Final: 7,2