The Falconeer, desenvolvido por apenas Tomas Sala, é um feito impressionante por sí só, e com certeza merece um lugar na história.
A ambição do projeto traz um produto que, para o seu estilo único, o céu (com todos os trocadilhos intencionais) é o limite.

O gênero é difícil de se triangular, mas vamos dizer que se enquadra bem em uma simulação de combate aéreo.
Não quer dizer que o estilo não tenha precedentes afinal, desde Starfox, Panzer Dragoon e os trechos aéreos de Zelda: Skyward Sword, mecânicas como as apresentadas aqui já foram exploradas, mas o tratamento completo e a profundidade das mecânicas todas em um cenário medieval fantasioso é o que traz o charme ao título.

A jogabilidade no PC, pode ser bastante variada de acordo com a ferramente utilizada: o título é obviamente otimizado para a utilização de equipamento próprio para simuladores de vôo e também funcionará decentemente em controles, mas definitivamente não é um jogo recomendado para se jogar na combinação de mouse e teclado.

Iniciei minha jornada no título com meu velho e leal controle de Xbox 360 e é inevitável a estranheza dos comandos de início e, preciso salientar, o jogo não te dará muitas oportunidades para erro enquanto se acostuma com como tudo funciona e, alguns textos na interface não são consistentes em onde aparecem, o que não ajuda na confusão toda.
Outro ponto complicado é que o jogo não possui checkpoints durante as missões, nem mesmo em seu tutorial, o que faz com que, por vezes, aprender uma mecânica pode resultar em ter de começar a missão do zero e ver esta personagem em sua tela algumas vezes…

Mas, com um pouco de paciência em momentos iniciais, o peso do falcão some, e seu personagem parece já estar obedecendo seus comandos e seguindo sua pontaria.
A ambientação é também um ponto alto do jogo, o tema de fantasia medieval com cavaleiros e mercenários montando em falcões gigantes e realizando missões aéreas por entre cidades-ilha em alto mar é com certeza um cenário muito rico. A dublagem do jogo (em inglês) dá aos personagens, que apresentam diferentes sotaques e gírias, ainda mais personalidades e, até mesmo o menos importante dos NPCs trocará algumas frases com o seu personagem.

O mundo construído para Falconeer dá uma roupagem elegante em um estilo de arte próprio às missões de ir e vir, e traz uma variedade interessante no que diz respeito aos combates.
Parece ser, afinal, um excelente início para uma franquia memorável.

Jogo foi testado no PC com um controle de Xbox 360.