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Xuan Yuan Sword: The Gate of Firmament – Review

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Xuan Yuan Sword tem como foco o público chinês. O jogo tem apenas opções de Inglês e Chinês como idioma. Com isso, vamos entrar nessa história dentro de um C-RPG e ver se o mesmo provou ser digno de um RPG.

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HISTÓRIA

Em Xuan Yuan Sword, tudo começa em uma terra de fantasia na antiga China. Lá se localiza um grande portão, que separa a Terra do reino dos céus. Em uma certa época, o grande Imperador do Céu decide abrir este portão para recrutar aliados para sua busca, na qual ele tem a esperança de achar sua amada filha. Estes mesmos humanos que sobem ao céu para ajudar o imperador recebem em troca poderes divinos para procurar pela garota.

Porém com esse ganho de poder um tanto quanto fácil, vários humanos seguiam apenas em busca de poder e não de ajudar o Imperador. Este portão foi fechado, pois várias pessoas começaram a causar grandes problemas. O imperador decidiu fechar o portão por sua vez, mas já era tarde e o mundo caiu em suas próprias guerras e conflitos. Neste momento uma nova entidade desce dos céus para intervir no mundo dos homens, e uma nova época de magia e mistério se inicia.

Mas toda essa historia serve de base para introduzir o garoto Sikong Yu: um rapaz lutador da pequena vila, chamada Youxiong, que vai acabar se envolvendo nesta guerra divina, ao mesmo tempo que tenta proteger seu vilarejo e seus amigos.

O game traz um bom tempo de história: cerca de 15 a 20 horas de gameplay; missões fáceis; alguns “bosses” te farão perder algum tempo, mas nada do nível de querer quebrar seu controle. Para quem tem experiência em JRPG o jogo pode se tornar um pouco mais fácil.

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GRÁFICOS e SOM

Podemos dizer que estão longe de lembrar algo dessa atual geração. Mesmo que esse quesito não seja o foco do game, é algo que incomoda um pouco, visto que há muita coisa boa por aí, mesmo sendo jogos Indie. Acredita-se que até mesmo um Playstation 2 rodaria esse jogo, sem maiores dificuldades. Se algum amigo seu vir você jogando, jamais que ele irá acreditar que esse jogo pertence à atual geração.

Alguns detalhes parecem ser feitos há dez anos atrás. A movimentação dos personagens é horríveil e muito limitada, além de passar uma impressão fora do normal: às vezes parece que seu boneco está correndo em uma esteira de academia. O mini-mapa também não ajuda: ele fica em cima de toda tela caso necessite ampliá-lo. Você pode se perder se tiver que dar zoom.

A trilha sonora do game se mostra bem decente: cheia de instrumentos chineses na execução das músicas. Em alguns momentos chega a ser bem gostoso ficar ouvindo as melodias calmas e bem arranjadas. Algo que realmente chamou a atenção em Xuan Yuan Sword.
Mas nem tudo pode ser um mar de flores: infelizmente o game é cheio de pequenos glitches visuais e bugs realmente bizarros, que em alguns momentos atrapalham o seu gameplay. Em duas ocasiões eu tive que recarregar meu save anterior pois o boneco ficou travado no portal dos mapas.

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GAMEPLAY

Xuan Yuan Sword é totalmente baseado nos mais diversos RPG’s tradicionais, com mecânicas que misturam elementos modernos aos mais clássicos, lembrando o estilo de turnos de Final Fantasy XIII, que até funciona legal, mas poderia ser bem melhor e mais avançada. Como todo bom RPG, tem suas diversas missões secundárias, um sistema de crafting de itens e equipamentos, alguns puzzles, e tudo aquilo que a grande maioria de RPG tem q ter. Em termos gerais, é um RPG bem tradicional.

Ele parece, mas passa longe de ser mundo aberto. Você anda em um mapa cujas áreas, cidades e dungeons são interligadas por estradas. As batalhas não são aleatórias: sempre podemos ver o inimigo na tela antes de entrar em combate, e se você chegar perto dele, logicamente você acaba enfrentando ele; ou se preferir você pode desviar, evitando muitos inimigos no mapa. O sistema de combate é distribuído pelos botões do controle, e sua missão é encadear golpes que “cancelem” os ataques inimigos, diminuindo o dano sofrido.

Veja o vídeo, gravado por mim.

Você escolhe em tempo real os comandos que vai usar, mas não controla os personagens tão livremente pela arena de batalha: esse é aquele tipo de jogo que leva a batalha para uma tela com uma pré-animação, e ali você anda com seu personagem escolhendo por onde ataca o seu inimigo, ao mesmo tempo que você deve assumir o comando de ataques, magias e itens, esperando o delay de cada botão carregar, para um novo ataque.

Demanda um tempinho de adaptação para quem não é bem acostumado com esse estilo de RPG, que foi o meu caso em especial. E mesmo depois que você pegar o jeito, as lutas ainda são meio bagunçadas. Funciona de um jeito ou outro, e acaba deixando os combates com um ritmo bem dinâmico.

Você pode coletar dezenas de monstros, que poderão lutar ao seu lado, tornando-se pets que ajudam a sua equipe. A presença de certos monstrinhos no seu grupo pode gerar buffs e debuffs automáticos: isso pode te ajudar nas batalhas, e ainda existe uma conquista para você obter todos os monstros disponíveis no game.

CONCLUSÃO

Um RPG mediano para quem procura algo novo, e quem gosta bastante dos JRPG de “nicho”. Mas não é daquele jogo que faz você lembrar do nome de cada personagem após o término e nem ficar horas e horas seguidas na frente da tela. O game precisa urgente de um polimento e correção de vários bugs, algo que às vezes atrapalha no gameplay. E o fato de ser uma série praticamente desconhecida por aqui, mesmo estando na sua sexta edição, não deve passar muita confiança.

Para uma geração que já possui uma boa quantia de excelentes RPGs, de modo que um jogo que não seja tão conhecido, este indie precisava de algo bem maior para se tornar bem procurado.

Narrativa: 6
Áudio Visual: 4
Gameplay: 6

A versão do jogo testada, foi para XBOX ONE.