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Em novembro de 2011 a Bethesda havia lançado um novo capítulo da saga Elder Scrolls, intitulado Skyrim. Esse novo jogo trazia uma série de inovações para os amantes de RPG, além da promessa de um mundo aberto gigantesco, além de quests e desafios para todos os gostos. Além de ser definido como um jogo que se reinventaria a todo momento, com áreas inexploradas e dungeons gigantescas.

O jogo foi tão bem recebido pela crítica e público que ganhou o GOTY de 2011, batendo de frente com ótimos jogos, como o Batman: Arkham City, Portal 2, Uncharted 3 e The Legend of Zelda: Skyward Sword. Ou seja, não era coisa pequena…

Após 6 anos de muita repercussão positiva, rentabilidade e enxergando o tamanho do potencial, eis que a Bethesda resolve fazer a portabilidade do jogo para o Playstation VR em novembro de 2017. E, eis que fomos incumbidos de avaliar essa “velharia” (em 6 anos muita coisa mudou no mundo tecnológico) em uma perspectiva diferente… sendo parte do mundo de Skyrim!

O mesmo Skyrim, só que diferente

Me recordo que quando comecei a jogar no PS3 – na época do lançamento – me assustei com o poder gráfico e com a falta de um mapa para me guiar. Mas que desafio!! Um mundo gigantesco e nada além de uma bussola na parte superior da tela e placas nas estradas.

Hoje, jogando novamente, permaneço perdido no mundo, porém não mais deslumbrado com os gráficos. Após 6 anos e alguns relançamentos, aparentemente a Bethesda só atualizou alguns detalhes gráficos e “adicionou” a visão 360. Não que o jogo seja mal portado para o VR, ou que não valha a pena jogar, só que não te dá uma sensação de imersão que era o esperado de um jogo desse tamanho. Na verdade, ele só mostra que SIM, é possível fazer jogos AAA para o VR.

Ao iniciar a jogatina você ainda é um prisioneiro que fugiu de um ataque de um dragão em uma vila remota…, mas sentado no seu sofá, com a possibilidade de olhar tudo o que está acontecendo ao seu redor. Não me entendam mal, o jogo está bonito sim, porém não tão polido como poderia ser. Os personagens ainda são rústicos e quadrados, e algumas texturas permanecem estranhas, mas a fluidez do jogo está ótima.

O VR e a movimentação

Aqui noto um dos pontos negativos do jogo. Ao utilizar o PS Move você tem controle dos menus e câmera, porém nos momentos em que você não carrega arma alguma na tela aparecem os dois equipamentos, tirando parte da magia. É muito estranho estar em um mundo antigo, cheio de dragões, esqueletos e cavaleiros e mesmo assim ter os dois moves na sua frente a todo momento. Já a movimentação é toda por teletransporte – Sony, cadê um extensor para os analógicos? Já faz mais de um ano de PSVR e vocês ainda não notaram o quanto isso muda a perspectiva? Será que aquela patente que vazou é verdadeira? Seria um colírio aos olhos – que as vezes faz com que você se perca um pouco.

Nos primeiros minutos tudo é uma bagunça de botões e comandos, depois o jogador se acostuma com tudo isso, e a sensação de usar um escudo para aparar um ataque, um arco e flecha torna-se prazerosa demais para descrever, e faz até com que você esqueça um pouco dos teletransportes.

Os sustos ao topar com um inimigo na sua frente e ter que pensar rápido em como atacar ou defender, ou ficar olhando para uma muralha com o pescoço esticado se virando toda hora procurando um inimigo para acertá-lo, acabam se tornando um dos pontos positivos dessa imersão, mesmo que pequena. Ao jogar com o DualShock os controles se tornam os mesmos da versão “normal” e a imersão diminui razoavelmente, se mostrando apenas um jogo em 360 graus.

Resumindo, Skyrim VR é um ótimo jogo para os amantes do RPG e para aqueles que querem jogos maiores do que as usuais 8 horas por jogo no VR, e apesar de ter envelhecido bem ainda possui diversas limitações, muitas delas por falta de polimento da Bethesda e também por limitações ainda existentes no PSVR.