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Cast of the Seven Godsends

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Um Run’n’Gun com todas as qualidades (e defeitos) do gênero.

Cast of the Seven Godsends é um jogo com um único objetivo: ser o novo Ghouls ‘n Ghosts. Com sua ampla variedade de mundos, armas e níveis de dificuldade, certamente é um título que se esforça para renovar este estilo tão pouco representado… Infelizmente, em seu obsessivo foco em recriar a experiência do aclamado clássico, o produto final acaba por não incorporar grandes inovações, e tragicamente traz a tona o que havia de pior no gênero ao invés de apenas o melhor.

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Narrativa: 6

CotSG acompanha um rei que teve seu filho sequestrado por um culto que deseja trazer de volta uma poderosa entidade do mal. Ao longo de sua jornada, o rei Kandar recebe a ajuda dos 7 deuses deste mundo, cada um oferecendo uma armadura que carrega seus poderes.

Ao longo das fases encontramos alguns personagens, e com rápidas trocas de palavras podemos acompanhar a progressão da história e descobrir as motivações dos personagens… Mas a forma como tudo acontece acaba tornando a narrativa desinteressante, pois a apresentação em caixas de texto com personagens completamente imóveis é bastante retrô, mas de uma forma desagradável.

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Jogabilidade: 7

Remetendo ao estilo arcade dos clássicos do gênero, CotSG usa controles simples. Um botão pula e outro dispara projéteis. Ao longo das fases é possível encontrar armas que alteram as propriedades dos seus tiros, como velocidade, dano e trajetória. Há também armaduras, que oferecem proteção contra um ataque. Quando 2 armaduras são coletadas em sequência sem sofrer dano (o que causaria a perda da proteção), o personagem pode canalizar o poder de um dos 7 deuses. Estas transformações mudam o visual de Kandar e o equipam com armas exclusivas e muito mais poderosas do que as comuns.

Apesar de apresentar mecânicas sólidas e interessantes, o jogo sofre por seu design retrógrado. Há inúmeros trechos de plataforma que não combinam bem com o que o jogo se propõe a fazer, exigindo um tipo de precisão que não é bem suportado pelos controles. O jogo no entanto consegue mostrar seu brilho em momentos de combate, combinando esquivar-se de projéteis, navegar entre hordas de inimigos e, é claro, causar dano aos seus adversários.

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Audiovisual: 6

O jogo tenta emular a apresentação de um console 16 bits, mas com upgrades em sua paleta de cores e quantidade/complexidade de sprites. Infelizmente muitas vezes esses incrementos visuais acabam prejudicando a jogabilidade, dando uma constante sensação de poluição visual que dificulta a compreensão de tudo que acontece na tela. A pior parte é a forma como o background e a área jogável se misturam e por vezes confundem o jogador quanto a quais partes da tela são plataformas (usáveis). Em geral, o jogo é bonito para o que se propõe a fazer, mas quando há impacto na jogabilidade, simplesmente não vale a pena.

O trabalho de som cumpre bem o seu papel, injetando energia e inspirando o jogador a avançar. A trilha sonora em si não possui músicas memoráveis ou impactantes, mas em nenhum momento chega a incomodar e na maior parte do tempo passa despercebida – o que não é necessariamente ruim.

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Considerações finais

Cast of the Seven Godsends faz um excelente trabalho em recriar a experiência dos mais clássicos e aclamados títulos do gênero Run’n’Gun. O resultado final é uma experiência com todos os altos e baixos esperados deste estilo de jogo. Infelizmente, por vezes os upgrades em relação a apresentação de um jogo 16 bits impacta a jogabilidade, e pode acabar prejudicando a diversão e o aproveitamento de muitos jogadores.

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Nota

Narrativa = 6

Jogabilidade = 7

Audiovisual = 6

Vale os 10 dólares? Só se você é fã de Run’n’Gun e está orfão de jogos do gênero.

Geral: 6,3

Jogado e avaliado na versão de Nintendo Switch