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Welcome stranger! Sem rodeios e papas na língua, hoje iremos falar do RTS que mexeu comigo, coisa que não acontece desde a primeira vez que coloquei as mãos em Age of Empires 2. Falaremos de Frostpunk, uma obra-prima do 11 bit Studios. Um estúdio que chegou aos poucos e dominou a mente de muitos jogadores, principalmente os mais velhos por seguir uma temática crua, pesada e realista.

A 11 bit Studios é um estúdio polonês que nos surpreendeu com seu título anterior This War of Mine, um game que conta os horrores da guerra através de 3 sobreviventes tentando sobreviver, um tema pesado, de impacto. Fator esse que foi utilizado de forma magnífica em Frostpunk. Um jogo visceral que não é para todos os públicos, mas que é uma obra-prima pelo seu impacto e quebra do mais do mesmo.

 

FROSTPUNK

 

Durante a era industrial o mundo se livrou dos humanos, não como estamos fazendo com calor e carbono e sim, com frio e muito gelo. Uma nova era do gelo pegou a humanidade desprevenida e arrasou tudo. A abertura é sensacional e mostra o impacto e como o humano não está preparado para aguentar o planeta e suas mudanças.

O game começa quando poucos conseguem fugir para o Norte, atrás da última fornalha, a última fonte de calor para os humanos sobreviverem, criando em volta dela uma cidade que precisa sobreviver. E você terá a difícil missão de comandar essa cidade.

 

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Esqueça os RTS ( estratégia em tempo real) habituais onde você prospera, domina, mata e sucesso. Aqui o papo é bem menos romântico e mais real. Não existem recursos para todos sobreviverem de forma plena, cuidar dos recursos é uma condição que beira o desumano, nem todos podem se aquecer, nem todos podem comer com qualidade e no final, você que terá de fazer essa difícil escolha.

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Salvando alguns, abandonando doentes e cansados, priorizando a manutenção da cidade em vez de conforto e bem-estar de alguns cidadãos, as escolhas são cruéis e beiram duas linhas de controle, uma pela fé outra pela ordem.

 

GAMEPLAY

A cidade precisa sobreviver, e o essencial para isso é mantê-lá aquecida; o carvão periférico à cidade é um dos recursos mais valiosos e necessários se somando à madeira e ferro. Tudo essencial para desenvolver tecnologias e técnicas para a sobrevivência da cidade e da população, fator que muitas vezes poderá entrar em atrito, será inevitável.

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As construções são todas feitas com relação ao fator calor emitido pela fornalha, pois construções distantes não serão aquecidas e todas suas funções serão prejudicadas levando à perda de tecnologia, recursos e até vidas. Construir e elaborar uma forma de aquecimento adequado é uma das chaves para sobreviver nesse caos gelado.

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Além da geografia do ambiente você terá de ser um líder político do seu povo, cuidando das leis e atribuições da cidade. Condições duras e necessidades extremas levam à escolhas difíceis, condições que levam o jogo a um realismo muito grande, tirando aquele papo de bem e mal simplista, aqui você terá de priorizar fatores e as consequências serão pesadas e terríveis.

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SOM

 

A ambientação do game está muito boa, o clima de solidão e desesperança é catalisado pela música com sua melodia pesada e até simples mas funcional, como deve ser nesse game. Os efeitos sonoros são muito bem trabalhados e ajudam na imersão, quando abre cada construção o áudio ambiente ajuda a focar no empreendimento com seus sons. O movimentar das unidades da cidade é primoroso, um RTS que você joga ouvindo.

 

VEREDITO

 

Esqueça soluções fáceis e jogar na zona de conforto, Frostpunk é um game com uma temática séria e que irá mexer com sua cabeça, principalmente se você estiver na proposta de um desafio sério e desafiador, pois as duras escolhas aqui decidirão um futuro (ou não) para a última cidade da humanidade.

NOTA

Narrativa: 10

Mecânica: 10

Audiovisual: 10

NOTA FINAL: 10