É difícil falar de The Last Guardian, assim como é difícil falar dos jogos do Team Ico.
Sim, o jogo levou 10 anos pra ficar pronto e parece ter saído portado do PS3, mas isso apenas se você se ativer a detalhes. Como uma boa obra de arte, é só analisando o todo que você vê a beleza do jogo.
Nele, você é um menino sem nome, que desperta ao lado de uma fera desmaiada, sem ter a mínima noção de como você foi parar ali. Quem guia seus passos é a voz do você adulto, e isso é tudo na questão verbal. A fera, assim que você resolve tratar dos ferimentos dela, passa a ser sua companheira. Pela necessidade de comunicação, você a chama de Trico. Trico, como todo animal, não é treinado. Salta e anda quando quer. Você até consegue chamá-lo quando precisa, de vez em quando. E dessa incansável tentativa e erro pra interagir com quem não fala, começa a nascer uma sensação quase real de amizade. Você aprende consigo mesmo comandos pra interagir melhor com a fera, e assim aprofunda ainda mais os laços com o animal.
O Team Ico conseguiu, mais uma vez, entregar um jogo original e tocante. Não é um primor gráfico, repito pra que fique bem frisado. Mas toca naquela alma de todo mundo que tem ou já teve um animal de estimação.
Versão de Playstation 4
