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Assassin’s Creed Origins

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Assassin’s Creed é uma série sem descanso. Já foi lançada tantas vezes, com tantos títulos, que praticamente “anualizou”, como CoD ou Battlefield. Porém, mesmo uma série cansada pode produzir itens atraentes. Caso em análise: Assassin’s Creed: Origins.

 

A fórmula

AC é um tanto quanto desprezado como obra entre fãs por carregar sempre a mesma fórmula de combate, exploração,evolução, stealth e assassinatos ao longo de todos os jogos de sua franquia. Em AC Origins, finalmente arriscaram em mudar praticamente tudo. Algumas mudanças são pra pior, mas chegaremos lá.

 

O que mudou?

Primeira coisa que os pioneiros da série que abandonaram no meio vão reparar: level. Isso é um ponto bom e ruim das mudanças já mencionadas. O que deveria acontecer é uma progressão gradual, de acordo com os desafios do jogo. Não acontece bem assim. Você está constantemente underleveled, e com sidequests que dão pouca experiência. Um fator  extremamente negativo dessa decisão de design é que, dependendo da diferença, a Hidden Blade já não mais é uma arma letal quando pega de surpresa, o que meio que mata toda a dinâmica do jogo. Você encara um inimigo notadamente irritado, equipado com a arma mais fraca do jogo em combate. Isso sem contar o fato de que ele vai alertar os outros guardas.

A exploração também passa por mudanças, uma vez que agora você tem sua águia pra fazer as vezes de literal eagle vision (aquela tela preta com inimigos e alvos destacados na sua frente foi substituída pelo agradável voo de uma águia). Você ainda tem que subir em pontos de vantagem para conseguir visualizar todos os pontos do terreno, mas isso incomoda bem menos do que as outras interações da série. Não soube atinar bem o porquê. Talvez pela gritante mudança de cenário.

As armas agora, além de variarem mais, são bem mais descartáveis. A cada level você aumenta o poderio dos seus drops aleatórios, e o inimigo que antes dava trabalho agora é só mais uma pedra no caminho. Mais uma vez, vale lembrar do grande problema que é a hidden blade estar atrelada ao seu level pessoal. Seria uma mecânica fantástica o fato de você poder matar inimigos super fortes com um golpe, sem alertar ninguém. Isso praticamente te forçaria a jogar o jogo inteiro na base do Stealth. Geraria desafios na internet pra quem zera com o menor level. Pena que não foi essa direção que decidiram tomar.

 

A História

Esse é um ponto bem complicado. Num jogo com o subtítulo “Origins”, é de se esperar que você de fato receba a origem de todas as tradições e a invenção de todos os equipamentos dos Assassinos. Sim, mais uma vez, estou falando da Hidden Blade. Não me recordo das palavras exatas agora, mas no momento que você recebe uma das armas mais icônicas do mundo moderno dos games, só é dito que “é um artefato muito antigo”. Pronto. Os outros costumes são induzidos aqui e ali, é até legal como se inserem na narrativa. Mas ignorarem a origem da arma principal da série me pareceu um tiro no pé tremendo.

 

Notas de rodapé

Apesar dos deslizes de narrativa e evolução, Assassin’s Creed: Origins consegue cumprir surpreendentemente bem sua missão de entreter. A história é envolvente, porém previsível. Os personagens têm um certo carisma, embora não sejam memoráveis. O combate evoluiu de uma forma sensacional, muito melhor do que aquele “bloqueia -> bate” dos jogos anteriores. É um jogo muito bom mesmo, que traz um potencial de retorno incrível pra série.

 

Só vamos esperar que eles evoluam tudo que tem que ser evoluído.

 

Narrativa: 7

Audiovisual: 10

Mecânica: 9

 
Versão de Playstation 4