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AeternoBlade

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AeternoBlade (Switch) é um jogo poligonal de ação 2D com jeitão de Metroidvania. Lançado originalmente para o 3DS em 2014, ele já foi portado para diversos consoles, como o PS Vita e o PS4, e chega agora ao Nintendo Switch. Desenvolvido pela tailandesa Corecell Technology, traz exatamente o mesmo conteúdo da versão 3DS, exceto pela HUD e menus refeitos em HD e pequenas alterações em algumas texturas. O relançamento para o híbrido da Nintendo é a forma que a developer encontrou para financiar a sequência, que atingiu apenas 7% da meta de sua campanha de financiamento coletivo no site Indiegogo, mas segue em desenvolvimento. Também é uma forma de apresentar a franquia aos potenciais consumidores da citada sequência.

Narrativa: 5

O game conta a história de Freyja, guerreira que busca vingança pela destruição de Ridgerode, sua vila natal, e consequente morte de seu povo. Logo na introdução, Freyja morre nas mãos do vilão Beladim. No entanto, ela recebe uma nova chance ao voltar sete dias no tempo graças ao poder de sua espada, AeternoBlade. Cada fase representa um dos dias na vida da personagem até a repetição de seu encontro com Beladim. É somente este aspecto que salva a história de ser um completo e absolutamente gasto clichê. O desenvolvimento da narrativa se dá através de diálogos com chefes e NPCs, além de eventuais cutscenes renderizadas em tempo real e em CG. O enredo não se esforça muito na tentativa de fazer com que o jogador se importe com a trama e seus personagens. Certamente não é o tipo história que desperta no jogador o desejo de se chegar até os créditos finais.

Mecânicas: 6

O sistema de combate é um tanto entediante e repetitivo. Com o botão Y, você usa a espada. Há um ataque especial com o botão X, porém seu uso é limitado. Você passará boa parte do tempo apenas apertando os mesmos dois botões:  pulo e ataque, numa sucessão de combos com pouca variação. Novos golpes são introduzidos conforme o jogador avança, mas há pouca diferença entre eles.

Os poucos tipos de inimigos existentes não são muito originais e, para piorar, a inteligência artificial é praticamente nula. Ainda assim, os chefes de fases trazem um ótimo desafio; cumprem muito bem o papel de quebrar a monotonia, pois muitas vezes exigem o uso inteligente das mecânicas de manipulação do tempo. Tais mecânicas lembram um pouco as de Braid, embora não sejam tão bem executadas. Elas são úteis para solucionar puzzles encontrados nos cenários, tais como, por exemplo, quando você ativa uma alavanca para fazer com que uma plataforma desça e fique ao seu alcance. Ao subir nela, você faz com que o cenário volte no tempo para que a plataforma volte à sua altura inicial, o que permite que você prossiga. Nada muito elaborado mas ao menos funciona e ajuda a criar a identidade da obra.

Há também alguns elementos de RPG, como as relíquias que são adquiridas ao longo da jornada e podem ser equipadas para desbloquear ataques especiais e melhorar certos atributos. Jogadores persistentes serão recompensados com um game que começa a se tornar razoavelmente interessante por volta da metade. Infelizmente, a maioria desistirá antes disso.

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Os inimigos são uns toupeiras. Em alguns casos, literalmente.

Audiovisual: 4

Assim que a primeira cutscene com gráficos in-game é apresentada, já fica evidente que se trata de um jogo simples de 3DS rodando no Switch. Na verdade, passaria facilmente por um título de PS1 emulado em HD. A animação inicial em CG parece ter “1998” escrito em cada frame, ao ponto de até parecer nostálgica. Os cenários e inimigos são bem simplórios e algumas animações chegam a ser engraçadas (de maneira não intencional). Nos enormes chefes de fase, percebe-se que muitos dos detalhes representados por texturas poderiam facilmente ser construídos por polígonos, mesmo para os padrões do 3DS. Tudo seria perdoável se a arte não fosse tão genérica e sem graça.

A qualidade das músicas oscila entre o esquecível e o muito irritante. Não há muito o que dizer sobre elas além do fato de que elas existem e nem sempre combinam com o contexto ou a ação mostrados na tela.

SWITCH
Isto não é um jogo de PS1, garanto!

Considerações Finais

AeternoBlade está longe de ser o que os jogadores do Switch esperam para preencher o intervalo entre um grande lançamento e outro. Para os aficionados pelo gênero, pode ser uma boa pedida, desde que já estejam preparados para um título sem muita substância. Ao preço de 15 dólares (o mesmo cobrado no lançamento original em 2014), fica difícil recomendá-lo para o público em geral. Há muitas opções melhores a preços similares na eShop.

Geral: 5