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Final Fantasy XII: The Zodiac Age – PC

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12 anos após seu lançamento original, recebemos mais um remaster da maior série de RPGs da história. Seguindo a recente onda da Square Enix em relançar seus jogos clássicos para diversas plataformas, sempre trazendo novas versões recheadas de nostalgia e carinho; carinho esse que sempre tiveram em todos esses anos para com todos os fãs do gênero.

Agora, o jogo da vez foi Final Fantasy XII, em sua versão internacional, lançada em 2007, trazendo várias novidades, como o inédito Zodiac Job System (Falaremos mais dele daqui a pouquinho), o Trial mode, guests controláveis (Sempre adorei o Vossler, pena que.. err.. então), itens e equipamentos inéditos, dentre muitas outras novidades. Recebemos a versão de PC do jogo, e coube a mim, com meus poucos 25 anos de jogatina RPGista, e mais novo membro da família SavePoint, rejogar esse maravilhoso game!

Vamos começar falando um pouco da história, para quem ainda não jogou (Que aliás, se você ainda não jogou, está aqui uma ótima oportunidade!).

 

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O jogo se passa no mundo de Ivalice, onde dois grandes impérios, Rozarria e Archadia, travam uma guerra há séculos por poder, enquanto no centro de tudo isso pequenos reinos tentam de alguma forma, sobreviver à contínua série de ataques e imposições sofridos pelos dois lados, em suas constantes buscas por aliados.

Logo na primeira cutscene do game, podemos ver o casamento entre líderes de dois reinos envolvidos no centro dos conflitos, são eles Ashelia B’Nargin e Rasler Helos, herdeiros do trono de Dalmasca e Nabradia, com o objetivo de fortalecer suas fronteiras contra os possíveis ataques de Archadia. Em resposta a essa aliança, Archadia ordena uma poderosa invasão à capital de Nabudis, terra natal do príncipe Rasler, onde acabam por capturar o Midlight Shard, fragmento de uma energia antiga pertencente ao mundo de Ivalice, chamada Nethicite, que faço questão de citar que é um elemento principal na trama. Após diversos conflitos, em um ataque surpresa de Archadia a Nalbina, o destino acabou levando junto seu mais importante defensor, o Príncipe Rasler, atingido por uma flecha em seu peito.

 

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Este pequeno fragmento da história nos leva a algum tempo depois, após a morte de Rasler, em um confronto entre o exército real, liderado pelo então comandante Basch, acompanhado de Vossler e um jovem guerreiro chamado Reks, na tentativa de proteger o rei de Dalmasca, ali para assinar até então um tratado de rendição ao reino opositor.

O jogo se inicia nos colocando no controle de Reks, que após alguns tutoriais, acaba sendo assassinado pelas mãos de Basch, até então membro mais fiel ao reino de Dalmasca, que havia assassinado também o rei de Dalmasca, poucos momentos antes.

**** Pausa para respirar ****

Este é apenas um resumo da incrível história deste jogo, e algumas das razões pelas quais nossos personagens encontram motivação para alcançar seus objetivos durante o game.

Depois de toda essa trama digna de virar uma série, você controla Vaan, órfão da cidade de Dalmasca e irmão mais novo de Reks (!!!), que sonha em ser um pirata dos céus (uma espécie de ladrão de recompensas dotado de uma nave supersônica), que ao lado de Penelo, entram de penetras no meio de toda essa trama, durante uma tentativa de Vaan em roubar algum tesouro do castelo real, no intuito de conseguir dinheiro para seu povo: residentes de LowTown, a parte pobre de Dalmasca. Durante sua aventura inicial, Vaan e Penelo se juntam a Balthier e Fran, Piratas dos Céus, e após algum tempo, com Asche (Ashelia) e Basch, dando início verdadeiro ao jogo, liderando uma resistência com os remanescentes dos reinos aliados, contra a ameaça de Archadia.

 

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Algumas pessoas dizem ser Vaan o protagonista mais sem graça de todos os Final Fantasies, mas sinceramente, tenho um carinho por ele, que em meio a toda sua pureza, consegue encontrar forças para livrar todos da opressão de Archadia, que teve influência direta na morte de seu irmão. Claro, sua motivação não se compara à dos outros personagens do grupo, mas imagine só um jogo com uma história tão séria e cheia de acontecimentos desastrosos, não termos um “alívio cômico” no meio de tudo isso, não é mesmo?

Os demais personagens, apesar de normalmente não serem o foco de uma trama de RPGs mais comuns, acabam tomando os holofotes em diversos momentos do jogo, fazendo-nos criar carinho por cada um deles, e entender suas motivações e história, criando vínculos que os tornam igualmente importantes para a trama (Muitas vezes o jogo parece ter Asche como protagonista, e não Vaan).

 

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Utilizando a história como gancho, vamos falar sobre o mundo de Ivalice. Temos mapas muito caprichados e ricos em detalhes, que ajudam a nos prender ainda mais ao jogo. Existe também uma variedade incrível de monstros a serem derrotados, cada um com suas particularidades e drops. O sistema de batalha ajuda muito a não deixar o jogo repetitivo, e pode agradar principalmente quem gosta de ficar vagando pelo mapa enquanto aumenta de level, ou melhora seus itens e equipamentos.

 

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Sistema de batalha

Final Fantasy XII foi muito polêmico neste quesito, e não agradou muitos fãs assíduos da série. Foi implementado um sistema de batalha totalmente em tempo real, algo muito parecido com o que vemos em MMORPGs, onde nao temos cutscenes de batalha, ou a famosa musiquinha de vitória da série ao final de cada batalha (Com excessão de alguns chefes).

Interessante ressaltar, que após a aposta da Square em lançar um Final Fantasy sem turnos, abriu uma janela para a empresa tentar arriscar mais em suas próximas séries, lançando um novo MMO, intitulado de Final Fantasy XIV, que diga-se de passagem, hoje faz muito sucesso mundo afora, e depois Final Fantasy XV, que arriscou novamente na fórmula action battle, e veio com um sistema de batalha em tempo real, como seu irmão mais velho, o XII.

 

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O jogo tenta agradar um pouco o fãs do estilo clássico por turnos, dando liberdade ao jogador escolher entre dois modos de batalha, o Wait mode, onde o jogo congela enquanto você escolhe seu próximo comando, ou o Active mode, onde a batalha corre solta enquanto você caminha pelos menus. Ok, e como os personagens se dividem dentre suas habilidades? A resposta é simples, utilizando as diversas classes do jogo, através do sistema de Jobs, chamado de Zodiac Job System.

Outra novidade no game, são os chamados Gambits, que funcionam de forma que podem ser customizados pelo menu, e automatizam as ações do herói que você estiver controlando, e também dos seus aliados, facilitando suas estratégias para certos momentos do jogo, como por exemplo, configurar um Gambit para que use uma Phoenix Down assim que um membro do grupo morrer. Os Gambits podem ser obtidos em lojas dentro do game, disponibilizando dezenas de combinações diferentes de comandos para customizar seu grupo.

 

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O Zodiac Job System

O sistema de jobs foi introduzido na versão internacional do game, dividindo as diferentes license board disponíveis em signos, cada um representando uma classe específica dentro do jogo, como Áries – White Mage, e Leão – Knight. Cada board tem uma série de habilidade, equipamentos e augments específicos, tornando cada classe única dentro do jogo, fazendo com que o jogador pense bem antes de escolher cada uma delas, e ao mesmo tempo, dando liberdade para fazer seu personagem do seu jeito, e usar qualquer classe para utilizar no jogo.

 

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Zodiac Age trás algo inédito ao jogo, a possibilidade de escolher até duas classes para o mesmo personagem! Dano ainda mais liberdade e customização, na construção do seu gameplay. O jogo ainda coloca algumas skills exclusivas para alguma combinações de classes, quando você desbloqueia o uso de determinado Esper para determinado personagem, como por exemplo, um Knight ganhando a habilidade de Curaga, se utilizar determinado Esper.

 

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Espers

Os Espers são os famosos Summons, e também estão presentes em Final Fantasy XII. Porém, se você está esperando encontrar Ifrit, Bahamut, ou Leviathan no jogo, sinto muito lhe informar, mas estes só aparecem brevemente como referências nos nomes das Airships construídas pelo doutor Cid. No entanto, o jogo inova, e traz um total de 13 Espers para que possamos utilizar em batalha, e também liberar habilidade especiais para as License Boards de quem os equipar.

O uso dos Espers durante as batalhas é interessante, pois eles não aparecem no mapa causando enorme obliteração aos inimigos e desaparecem em seguida, aqui, eles lutam ao seu lado por determinado tempo (O personagem que o invocar ao lado de seu Esper), e ao final deste tempo, você pode então desferir seu golpe final nos inimigos.

 

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A progressão dos personagens durante o jogo é razoavelmente linear, porém, como o jogo lhe dá um imenso mundo para explorar, é possível se aventurar por mapas mais difíceis e enfrentar desafios mais perigosos.

Além de todos os desafios a disposição, mecânicas inovadoras de batalhas, e história profunda e envolvente, o jogo ainda possui diversas sidequests e hunts (caçadas), que vão sendo liberadas com o avanço do game, e a medida em que você vai as completando, para entreter ainda mais os fãs de bons RPGs.

Veredito

O jogo definitivamente cumpre com o prometido, trazendo uma remasterização de qualidade para a geração atual, mudando desde resolução, a qualidade da trilha sonora, que nesta versão, tem três opções diferentes, além das vozes originais em japonês, para quem nunca havia jogado antes.

É claro, nem tudo é perfeito, e notamos que as animações faciais e texturas dos cenários não foram mexidos, mas o que não foge do objetivo do que é na verdade um remaster… pelo menos não vamos ter que ficar olhando para o abdômen quadriculado do Vaan.

 

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Com mais de 200 horas jogadas no jogo original, posso dizer com certeza que repetirei a dose, e quem sabe passarei ainda mais tempo jogando-o desta vez, pois Final Fantasy XII: The Zodiac Age é com certeza um dos RPGs mais viciantes da franquia.

Disponível desde Julho de 2017 para PS4, e agora em Fevereiro de 2018 para PCs, Final Fantasy XII The Zodiac Age é um prato cheio para fãs do Décimo Segundo episódio da série, e uma ótima oportunidade para quem ainda não deu uma chance ao game. Recomendado!

 

  • Narrativa: 8
  • Áudio Visual: 9
  • Gameplay: 10

Nota final: 9