Mais um review, e novamente com um jogo de puzzle/quebra-cabeça.
Apocalipsis: Harry at the End of the World é o nome do jogo.
O tema dessa vez também tem a ver com a vida e a morte, mas aqui o clima é bem pesado, diferente da abordagem cômica do Suicide Guy no review anterior.
Primeiras impressões / Audiovisual:
Apocalipsis: Harry at the End of the World é um jogo no clássico estilo Point and Click, onde devemos nos aventurar pelos cenários utilizando apenas o mouse.
Os gráficos do jogo remetem às gravuras medievais do século XV, desde a movimentação dos personagens no cenários, até as animações com narração entre uma fase e outra, contando um pouco mais sobre a história do Harry. As animações dos personagens tem o estilo ragdoll, e lembram bastante aqueles bonecos feitos de papel dos teatros de fantoches. As músicas são bem tristes e melancólicas, com certeza por conta da história triste do jogo. Mas isso não quer dizer que elas são ruins.
O jogo está completamente legendado em português do Brasil. Mas com áudio em inglês.
Narrativa:
Você estará no controle de Harry, que perdeu sua razão de viver após a morte da sua mulher. Mas ele encontra forças para seguir em frente uma última vez, em busca de uma maneira de resgatá-la das garras da morte.
Como podem ver nas fotos espalhadas pelo review, aqui não tem nada que indique uma história feliz. Todos os cenários são desolados e sempre tem alguém sofrendo de alguma maneira. Você vai usar cabeça de rato (após matá-lo) pra tirar um gato do lugar, vai fazer algum ritual macabro (mais de uma vez), e vai encontrar criaturas estranhas por todo o caminho.
Uma curiosidade sobre o áudio, é que o narrador que conta a história em Apocalipsis se chama Nergal, e é o vocalista e líder da banda de Metal Extremo Behemoth. As músicas do jogo também foram feitas pela banda, e são releituras de músicas de sua discografia.
Mecânicas:
Em Apocalipsis temos o clássico exemplo de Point and Click, cada fase é uma “cena” onde usamos o mouse e vamos procurando itens que podem ser clicados e talvez recolhidos, e seguimos assim procurando encontrar um padrão nas ações possíveis, para desvendar o quebra-cabeça.
É bem oito ou oitenta, quem gosta do estilo vai sentir em casa, mas acredito que a molecada de hoje em dia talvez não tenha tanta paciência para apreciar.
Alguns quebra-cabeças são bem complicados, mas Apocalipsis pode ser terminado em uma tarde se você já estiver acostumado com o gênero. Tem cerca de 22 quebra-cabeças no jogo.
Conclusão:
Um jogo que te obriga a pensar um pouco para prosseguir, e é bem diferente dos jogos “mainstream” que temos atualmente. Os gráficos chamam a atenção por conta do estilo peculiar, mas depois de um tempo você acostuma. Achei ele um pouco curto, mas os quebra-cabeças não são tão fáceis. (Tem um no barco que é o inferno pra resolver.)
O fator replay aqui é quase zero. Depois que você termina, não tem mais nada para fazer. Infelizmente.
Mesmo assim eu recomendo o jogo, que está disponível para PC Steam desde o dia 28/02/2018 por R$ 14,49.
Narrativa: 7
Mecânicas: 7
Audiovisual: 8
Nota Final: 7,5
A versão PC Steam do jogo foi utilizada para avaliação.