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Blind (PSVR) Review

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A grande sacada da realidade virtual é proporcionar uma experiência que supostamente seria vivida ou ao menos sonhada no mundo real; Você pode ser um herói, até mesmo um super-herói, podendo voar, pode ser um piloto e disputar corridas emocionantes ou combates espaciais, enfim, as possibilidades são inúmeras. Mas, por vezes, o desenvolvedor prefere seguir no sentido oposto e colocar o jogador como perdido e vulnerável e aqui é onde você começa em Blind, jogo desenvolvido pela Tiny Bull Studios e publicado pela Fellow Traveller.

Vamos tentar descobrir se esta experiência teve sucesso ou não nesta análise, portanto é hora de tirar o VR e embarcar nestas linhas. Você joga como Rachel, uma jovem que é mantida em cativeiro, depois de ser separada do irmão mais novo num acidente de carro. Não bastasse ser atormentada, ainda perdeu sua visão, sendo largada neste ambiente escuro e de tormento. O jogador usará da ecolocalização para se movimentar pela gigante mansão. Pra quem não sabe, ecolocalização funciona semelhante a um sonar e é uma sofisticada capacidade biológica de localizar a posição ou a distância de objetos ou animais, usado, por exemplo, pelos morcegos.

O jogo basicamente se resume a solucionar puzzles, que infelizmente não fazem muito sentido e se tornam, com o passar da jogatina, desinteressantes, porém com uma boa narrativa o jogador, mesmo se frustrando com os puzzles, termina seguindo adiante no jogo, tendo como um dos mais comuns puzzles presentes, trancar o jogador num quarto para que ele descubra como sair dele. É interessante descobrir, no final, que a parte mais interessante do jogo que é a narrativa é travada justamente pelo maior elemento de gameplay do jogo que são os puzzles e aqui, infelizmente eles não trabalham juntos.

Os gráficos são bem construídos, assim como a parte sonora, mesmo para alguém que enxerga com ecolocalização e num campo de visão muito restrito, o jogo no aspecto técnico cumpre bem o seu papel, merecendo quando aos gráficos a nota 6,0.

Quanto ao enredo, o jogo traz uma narrativa envolvente e misteriosa que desperta no jogador a curiosidade, levando o mesmo a seguir avançando no jogo, assim, o enredo merece uma nota 7,0.

Quanto ao gameplay, os puzzles quebram um pouco o ritmo, alguns saindo não seguindo um padrão lógico, mas pelo desafio, merece pelo aspecto da jogabilidade uma nota 6.0.

O preço não é convidativo e os puzzles quebram a narrativa; alguns não fazendo muito sentido e frustrando um pouco o jogador, mas pelo conjunto da obra, merece ser conferido; porém não espere um jogo de terror, pois Blind não segue esta linha; ainda assim, agrega à vasta biblioteca do PSVR.

Nota Final: 6.3