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Quando eu imagino um conto de fadas, uma história que envolva fantasia, não tem como deixar de imaginar paisagens coloridas e caminhos secretos, animais fofinhos, um vilão ameaçador e um mundo que desperta uma vontade de protegê-lo. Esse lugar existe, pelo menos no PSVR e se chama Moss, que é retirado dos livros e colocado diante do leitor/espectador; na verdade, é o leitor que é transportado para dentro deste mundo, mas numa perspectiva de um observador que interfere na jornada de sua mais nova amiga: Quill, uma ratinha adorável que seria perfeita como um mascote do PSVR. É a jornada de Quill que iremos acompanhar. Quando saímos de dentro de um grande salão, no formato de uma imensa biblioteca, e somos transportados para dentro do grande livro que estamos manuseando, nos deparamos com o mundo de Moss, onde nossa amiguinha partirá numa jornada para salvar seu tio das garras da terrível serpente cuspidora de fogo.
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O interessante é que você joga em primeira e em terceira pessoa, respectivamente, pois enquanto leitor, você tem a perspectiva em primeira pessoa; porém, simultaneamente você passa a controlar também a querida ratinha, com a perspectiva em terceira pessoa e isso foi implementado de forma magistral, pois você sente a imersão do ambiente pela perspectiva do leitor, mas conduz a história do jogo, também na figura de Quill, podendo ser classificado como um jogo de plataforma com puzzles.

Você movimenta Quill com o analógico esquerdo enquanto que, como Leitor, você busca oportunidades no cenário de poder ajuda-la usando o controle de movimento do dualshock 4. Funciona de forma fluida a jogabilidade, porém os combates que Quill trava com besouros, escaravelhos e outros inimigos podem ser um pouco frustrantes às vezes, pois além de controlar Quill com o analógico e fazê-la atacar, com o controle de movimento você pode prender os inimigos e afasta-los da nossa queria ratinha. Porém alguns deles podem soltar bolas de fogo e ainda terá que desviar.Essa mistura de controles, por vezes pode ser desafiadora e por vezes, frustrante, merecendo quanto à jogabilidade a nota 8,0.

 

Quanto à narrativa é um conto de fadas simples, porém eficiente, onde partimos numa jornada junto com Quill, para ajuda-la a salvar seu ente querido das garras da serpente, a grande vilã do jogo. Tudo isso construído num ambiente que encanta pelo design dos cenários que refletem a história, acompanhados de um aúdio 3D orquestrado e muito bem implementado, que fazem com que Moss seja muito mais que uma simples história contada com o VR, levando o leitor para dentro do jogo, vivendo de forma real este ambiente virtual imaginário, merecendo pela sua narrativa envolvente a nota 9,0.Moss R200

Quanto ao visual do jogo, posso afirmar que é o mais belo jogo que tive a oportunidade de testar no PSVR. Construído de forma primorosa em ambientes imersivos com perspectiva em 360 graus, permitindo, junto com um incrível áudio 3D, que o jogador sinta-se verdadeiramente imerso, trazendo ao VR uma nova forma de jogar, tendo a personagem sido construída à perfeição, com a fragilidade que a história exige, a ponto de o jogador acreditar que ela realmente existe e durante toda a jornada queira cuidar e proteger, como se de fato seu papel fosse cuidar para que aquela ratinha chegue no seu objetivo. Isso só foi conseguido pelo capricho com que ela foi criada e a interação que ela tem com o jogador durante todo o jogo, merecendo nota 10 no quesito técnico.

Se eu tivesse que criticar o jogo seria quanto a sua duração, que leva para ser finalizado de três a quatro horas, sem muito estímulo para retomar a jornada além de poucos colecionáveis, porém pelo conjunto da obra, seguramente acho que o preço justifica a compra, especialmente pelo laço que você cria com Quill e pelo capricho com que o jogo foi feito. Agora com licença que vou voltar ao mundo de Moss, já deu saudade de Quill!

Nota Final 9,0