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Death’s Door (PC) – Review

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Supresa do pequeno estúdio Acid Nerve, Death’s Door é conciso, responsivo, bonito e, principalmente, divertido!

Ao receber a oferta para fazer o review do título, e ao ver como todos estavam denominando-o “soulslike”, não pude deixar de lembrar minha experiência com NioH 2, onde minha experiência com este gênero era praticamente nula. No entanto, não levou mais que alguns segundos para perceber que é mais um exagero, muito comum recentemente, de rotular qualquer tipo de jogo com mínima dificuldade desta forma.

A Acid Nerve traz um título onde o protagonista nada mais é que um pequeno corvo, funcionário de um escritório de ceifadores e seu trabalho é apenas trazer as almas para que sejam processadas. O título é de ação e aventura com a presença de puzzles e elementos de RPG e empolga o jogador a explorar seus ambientes e a descobrir segredos em sua jornada por melhorias.

Enredo

A história por trás de Death’s Door não se obriga a ser complexa além do necessário. É simples, mística, única mas apresentada de forma sutil e espaçada, com o deslumbre de elementos no cenário, aparência de personagens e artefatos misteriosos. A escolha de apresentação da narrativa remete a forma com que títulos de aventura e plataforma 3D como Banjo-Kazooie costumavam fazê-lo, inclusive os diálogos com ruídos característicos de cada personagem.

Death's Door
O enredo torna-se mais denso ao encontrar outros corvos…

O enredo consiste no fato de que o protagonista, um corvo, é na verdade um ceifador (uma representação da folclórica Dona Morte) e tem como missão, na verdade emprego, trazer almas de volta ao escritório para bater suas metas. No entanto, após alguns trancos e barrancos, nosso herói começa a conhecer outros como ele que dão a entender que há mais acontecendo por trás desta situação do que está na superfície. Logo o jogador se vê envolvido em resolver pendências deixadas para trás: como personagens que já deviam ter passado para o além e misteriosamente ainda vagam pelo reino dos vivos sem preocupações.

Gráficos

O estilo de arte é bastante harmonioso, utilizando-se de tons menos saturados e partículas para enaltecer os pontos de interesse do game.

Os modelos do cenário são detalhados, seguindo uma orientação de “menos é mais” onde os objetos são muito bem modelados mas sem qualquer poluição visual. Os efeitos também são sóbrios e sem exageros, trazendo o entendimento na medida certa para os sentidos do jogador.

Death's Door
Os gráficos bastante equilibrados trazem realce para onde a atenção do jogador deve estar de forma sutil e bela.

Os personagens são caricatos e exagerados, lembrando em parte o estilo mais cartunizado utilizado em games como Wind Waker mas, claramente, em um tom sombrio que o enredo pede. Esta escolha de arte permite que todos os seus personagens, mesmo os mais coadjuvantes, sejam extremamente expressivos e seus movimentos sejam suaves e agradáveis, especialmente em combate, onde tanto o protagonista quanto os adversário tem ações fluidas e caprichadas.

Death's Door
O segundo chefe, literalmente um palácio querendo arrancar o seu couro de corvo.

A trilha sonora segue o capricho e casa perfeitamente com o tom de cada estágio, situação e cenário.

Jogabilidade

O personagem pode andar, rolar, atacar com diferentes armas, utilizar uma série de habilidades e interagir com objetos e NPCs.

Os controles são precisos, justos e responsivos. A programação é de excelente qualidade e a margem de erros é grande o suficiente para que sua habilidade não seja castigada por micro deslizes, fazendo com que a dificuldade do jogo não seja intimidante ou injusta mesmo para jogadores casuais.

Death's Door
O Chefe de apresentação do game.

É comum em jogos do gênero serem encontradas funções frustrantes disfarçadas de dificuldade e, definitivamente não é o caso de Death’s Door, onde a progressão fora programada no ponto certo para que o desafio esteja sempre em um ponto apropriado para o seu progresso.

Conclusão

Death’s Door é sucinto e adorável mesmo para um título tenebroso. A conspiração por trás do enredo é empolgante e as batalhas mantém o jogador ocupado em sua jornada em desenvolver suas habilidades e finalmente superar a batalha, mesmo para chefes opcionais que são ligeiramente mais cruéis em termos de desafio.

Death's Door
O chefe, no caso, literalmente o seu empregador.

O título foi desenvolvido e divulgado pro uma equipe de apenas oito pessoas e apresenta um nível de qualidade altíssimo o que prova, mais uma vez em épocas de 4k que consistência de qualidade e capricho por entre todos os aspectos de um jogo são muito mais importantes e recompensadores que excelência em apenas um aspecto.

Death’s Door é extremamente recomendado para todos os jogadores e, para fãs do gênero, é essencial.

O título está disponível na Steam e na Microsoft Store.

Jogado no PC (Ryzen 7 3800X, RX 480) com um Controle de Xbox One.